Médico legista: garantindo justiça para os que se foram
06/04/2022
Quando pensamos em médicos, vem à mente um profissional que irá nos ajudar a viver bem, com condutas para evitar doenças ou tratar aquelas que aparecem. Porém, você sabia que existe um especialista que cuida de seres humanos após a morte? Esse é o médico legista.
Ele trabalha para fazer a intermediação entre a medicina e a Justiça. Isso porque é esse o médico que realiza os exames que determinam a causa mortis, ou seja, o que levou ao falecimento daquela pessoa, algo essencial para situações de crimes. Tamanha importância faz com que o médico legista tenha uma data comemorativa só sua: 7 de abril.
Assim como qualquer profissional que trabalhe com serviços funerários, a atuação dele também é rodeada de dúvidas e até mesmo de curiosidades. Por isso, conversamos com um legista para aprender tudo sobre a profissão. Confira!
Médico legista: o que é
O médico legista costuma trabalhar nos Institutos Médico Legais (IMLs) das cidades. É nesses locais que eles realizam os exames de autópsias que já mencionamos: os que verificam o que causou a morte, determinando se foi algo natural ou provocado por uma atitude criminosa.
Dessa forma, o profissional faz um exame minucioso do cadáver, a fim de checar, por exemplo, a penetração de balas de armas de fogo; posicionamentos de lesões por armas brancas; machucados antigos (algo relevante para casos em que existem suspeitas de maus-tratos); existência de substância tóxicas no organismo; e tempo decorrido desde a morte. Para atuar nessa especialidade, o médico precisa se submeter a um concurso público.
Foi nessa etapa que Marcellus Souza, legista há 16 anos, se apaixonou pela profissão. “Inicialmente, me contaram sobre o concurso. Então, comprei um livro para estudar, comecei a ler e não consegui parar. Terminei o livro em 2 ou 3 dias. Achei muito interessante os assuntos tratados e foi quando eu comecei a me apaixonar pela especialidade”, relata ele.
O trabalho do médico legista também envolve pacientes vivos
Os médicos legistas também atendem pacientes vivos. Essa é outra parte das atribuições deles.
Nos IMLs, eles realizam ainda os exames de corpo de delito, que são os feitos em pessoas vítimas de crimes, mas que não vieram a óbito. Alguns exemplos: agressões, estupros e maus-tratos em geral.
Eles também podem trabalhar nas dependências do INSS e Detran, ao realizar perícias. Funciona assim: quando o paciente relata ter uma enfermidade que dê direito a algum benefício desses órgãos, o médico realiza um exame para comprovar se essa doença realmente existe ou não.
“O que mais me atrai (na Medicina Legal) é que a gente se torna um investigador dentro do corpo humano. O nosso serviço tem grande repercussão no mundo jurídico e em várias áreas. Outro fator é que utilizamos conceitos de todas as outras especialidades para poder aplicar”, acrescentou Marcellus.
Como toda profissão, existem os desafios, mas também os momentos recompensadores
Trabalhar com situações que envolvem o grande tabu da humanidade, a morte, sempre é um desafio para todos profissionais do meio funerário. O mesmo acontece com os médicos legistas. “No dia a dia, apesar de ter todo esse contexto de situações desafiadoras e estimulantes, você também trabalha com uma carga emocional muito grande, pois vê todas as mazelas da sociedade. Todos aqueles casos que demonstram o estágio da maldade em que o ser humano pode chegar”, relata Marcellus Souza.
Outro desafio, para ele, é se deparar com casos que nem sempre são ensinados pelos livros médicos. Nessas situações, “a gente tem que usar nosso talento e conhecimento pessoal para poder elaborar o melhor laudo, que vá ajudar a esclarecer os fatos”.
No entanto, existem as recompensas e Marcellus se mostra muito satisfeito com a especialidade que escolheu. “É fácil se apaixonar pela Medicina Legal. Cada caso é um desafio. Você entra em um exame pericial ou necrópsia com uma ideia vaga do que pode encontrar, mas tem várias surpresas no decorrer da investigação. Muitos casos são realmente surpreendentes. Isso é fascinante”.
Médico legista: o que faz gera curiosidades
Como já mencionamos, essa é uma profissão que gera muitas curiosidades entre a população e Marcellus se diverte com elas. Ele conta que costumam perguntar se ele tem medo do que faz, se consegue comer depois de uma autópsia e se já presenciou algo sobrenatural.
“De sobrenatural, até hoje eu não vi nada. No começo, eu até tinha um pouco de medo, mas hoje não mais. Também não me causa mais um impacto a ponto de ficar com o estômago ruim. Tudo é questão de costume, o ser humano é muito adaptável. O trabalho deixa de ter aquela carga emocional, de estar ali com um cadáver, e passa a ser uma forma de você ajudar aquela pessoa a desvendar os eventos que levaram ela à morte e, quando é um caso de crime, ajudar a fazer justiça. Isso traz conforto e tranquilidade para gente”, concluiu.
Lidar com a morte não é fácil, mas é possível deixar o momento mais tranquilo com o apoio de planos funerários
Tornar profissões como a do médico legista menos “estranhas” é algo que só é possível quando começarmos a conversar mais sobre a morte e não ter medo de nos prepararmos para ela.
Uma forma de fazer isso é conhecer os benefícios dos planos funerários. Com eles, podemos deixar nossa família mais amparada para enfrentar o momento difícil do luto.
Os clientes do plano Premium Plus da Paz Universal e seus familiares, por exemplo, podem usufruir de atendimento 24 horas; salas de homenagem, cerimonial fúnebre, urnas exclusivas, ornamentações, apoio burocrático para a emissão de documentos pós-morte e traslado do corpo para outras cidades, entre diversos outros serviços funerários.
Além disso, nós também queremos te ajudar a viver bem. Portanto, oferecemos ainda o programa de benefícios Multpaz. É o que você precisa para ter uma vida plena, com a garantia de que aqueles que você ama ficarão bem depois da sua partida.
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Essencial Plus: perfeito para famílias que buscam proteção com custo mais acessível.