A dor de perder alguém muito amado envolve o desespero de perceber que não poderemos mais compartilhar momentos felizes e importantes com essa pessoa. Quando a ausência é daquele que nos deu a vida, o nosso pai, a tristeza parece ser ainda maior.

Voltar a conversar com ele, tê-lo nas celebrações que marcam a nossa história e apresentá-lo aos novos membros da família, como nossos filhos e netos, parecem ser encontros impossíveis. Porém, para o ilustrador Eddie Souza, é possível.

Ele é o criador do projeto “Encontros impossíveis”, em que desenha pessoas já falecidas junto aos seus familiares. As ilustrações mostram desde momentos cotidianos ou até situações que marcam a vida, como casamentos e formaturas, mas que não tiveram a participação daquele ser amado que se foi.

O trabalho começou com uma experiência pessoal, como nos contou Eddie. “Eu e meu filho mais velho estávamos mexendo em algumas coisas do meu pai (que faleceu antes do nascimento do neto) e ele me perguntou: ‘papai, como trago o vovô de volta?’. Eu ignorei e fingi que não era comigo. Fui para casa, fiquei pensando e, na madrugada, fui para o computador e entendi que eu não posso trazer ele de volta, mas posso fazer um encontro entre os dois”.

Assim, surgiu o primeiro desenho do projeto, o do filho abraçado com o pai. No dia seguinte, o ilustrador mandou imprimir e emoldurar. “Eu entreguei (a arte) na frente da minha mãe e ela começou a chorar. A reação dela me pegou de uma forma diferente e eu percebi que tinha algo legal ali”, relata.

 

Encontros impossíveis também de quem está longe

95% dos encontros impossíveis que Eddie Souza realiza são de pessoas que já faleceram com seus familiares que lutam para viver sem quem tanto amam. Porém, a saudade envolve todos que estão longe.

É por isso que o projeto também agrega ilustrações de familiares que moram distante. “Eu já fiz a arte de uma brasileira que mostra na Austrália. Então, realizei o encontro de toda a família. Esses tipos de trabalhos também são muito legais e especiais. Os encontros são impossíveis momentaneamente, mas naquele momento eles são possíveis”, descreve o artista.

Nas datas comemorativas, esse desejo de reencontrar quem se ama faz com que as encomendas aumentem. Todavia, o Dia dos Pais sempre costuma ser mais especial em pedidos. “Eu senti na pele aquilo de querer que meu pai tivesse conhecido o meu filho. Todo mundo que já perdeu um ente querido tem esse sentimento”.

 

Como o impossível se torna possível

Existem duas formas de trabalho de Eddie Souza para criar os encontros impossíveis: a primeira é o cliente querer presentear a si próprio. Nessas situações, o ilustrador pergunta se ele deseja participar de todo o processo de criação ou não, vendo apenas quando o desenho estiver pronto.

“Eu peço para a pessoa me contar a história dela com aquele familiar. Já peguei casos em que a pessoa só tinha uma foto 3x4 do pai e nunca tirou uma foto junto. Quando eu reúno os dois, é uma ressignificação. É um desejo tão íntimo da pessoa e ela compartilha isso comigo, com o coração aberto, dizendo ‘me ajuda, eu preciso da sua arte para seguir em frente’. É como se fechasse um ciclo”, exemplifica.

Também há a situação de quando alguém quer presentear outra pessoa. Essa surpresa é um momento de grande emoção e as lágrimas sempre se fazem presentes. “Uma cliente disse que, toda vez que passa pelo quadro, fala ‘bom dia, pai’. A reação de abrir o quadro é muito legal, mas você poder fazer parte da casa da pessoa é incrível. Vejo que o meu trabalho faz uma diferença na vida das pessoas e elas acabam me inserindo na família”. Eddie acrescenta que trata-se de um ciclo: os clientes ficam tão felizes com o presente que mostram para os amigos. Logo, mais gente entra em contato com ele e outros encontros impossíveis se tornam possíveis.

Você pode conferir os vídeos lindos e emocionantes da abertura desses presentes no perfil no Instagram de Eddie: @eddiesouza

Materializar a saudade

Muito choro, expressões de surpresa e sorrisos, mas poucas palavras, essas são as reações comuns nos vídeos de entrega de Encontros Impossíveis que Eddie Souza. Todavia, ele consegue traduzir tudo isso em uma expressão “materializar a saudade”.

“O projeto é o meu xodó, é o que eu mais gosto de fazer, porque faz materializar a saudade. É o desejo mais íntimo de quem já perdeu alguém e ela consegue materializar aquilo através do meu trabalho. Isso não tem preço, é algo indescritível”, resume ele.

Mesmo que o pai, a mãe, irmãos ou avós já tenham partido, Eddie confirma que a morte não é capaz de afastar o amor. Esse sentimento sempre continua presente, no dia a dia e na arte.

 

O luto não precisa ser apenas sofrimento: com um plano funerário, os momentos tristes ficam mais serenos

O trabalho de Eddie Souza mostra que é possível sorrir em meio a lágrimas e perceber que, podemos sempre conservar aqueles que se foram em nossos corações. Essa serenidade costuma surgir com o tempo, mas, mesmo quando o luto está no auge, naqueles primeiros momentos da perda, é possível ter tranquilidade.

Contar com o apoio de um plano funerário é a chave para isso. A família recebe o auxílio necessário para lidar com os aspectos burocráticos e decisões práticas, podendo ter mais energia e foco em se despedir do ente amado com dignidade.

Nos planos da Paz Universal, oferecemos os seguintes serviços funerários:

- Atendimento 24 horas

- Urnas exclusivas

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- Ornamentação

- Apoio para documentações

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- Assistência familiar

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Além disso, também temos o programa Multipaz, que oferece benefícios para que você possa aproveitar a vida em seu máximo. São descontos especiais em várias empresas parceiras, por exemplo, do ramo de lazer, saúde, bem-estar e turismo.

 

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